sexta-feira, agosto 28, 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS APOIADAS PELO GRUPO GUARARÁ JARDINS- Instituto Estadual de Florestas reassenta famílias mineiras.

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Em nome do Grupo Guarará Jardins, aqui em São Paulo, agradeço à Thamires Andrade e Leonardo Sacco, do Núcleo de Relacionamento e Disseminação em Mídia Social da Webcitizen, empresa que presta consultoria ao Governo de Minas Gerais. Honrosamente, saliento que eles nos escolheram para esta contribuição e, assim, tem nos enviado as referidas matérias sobre políticas públicas daquele Estado que compõem o nosso Sudeste.
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O Instituto Estadual de Florestas (IEF) propõe e executa as políticas florestais, de pesca e de aqüicultura sustentável. É autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, responsável pela preservação e a conservação da vegetação, pelo desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis; pela pesquisa em biomassas e biodiversidade; pelo inventário florestal e o mapeamento da cobertura vegetal do Estado. Administra as unidades de conservação estaduais, áreas de proteção ambiental destinadas à conservação e preservação.
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Iniciativa alia preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida dos moradores que habitam o Parque do Itambé

Pela primeira vez no Brasil, Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais esta colocando em prática o reassentamento de famílias que habitam no Parque Estadual do Pico do Itambé. A iniciativa tem como objetivo preservar a unidade e promover melhorias na qualidade de vida dos moradores, que viviam em condições precárias no seu interior. As propriedades rurais ocupavam todo o parque, composto de 6.520 hectares.
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Charles Alessandro, gerente de regularização fundiária do Insituto, explica que o reassentamento é necessário em unidades de conservação de proteção integral, como o Parque do Itambé. Nesses casos, a lei 9.985/2000 determina que as famílias devam, no processo de regularização fundiária, ser reassentadas em melhores condições do que as que viviam anteriormente. Das 27 famílias abrigadas no local, nove optaram pelo reassentamento e 18 pela idenização.


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Além de terras, que variam de 5 a 100 hectares, com casa, água, luz e fossa séptica, as famílias terão a assessoria de um técnico agrícola durante um ano. Já as indenizações serão efetuadas no valor de R$ 2,307 milhões. “No começo houve resistência, mas as famílias participaram do processo e escolheram a terra. Elas estão saindo de casas de pau-a-pique para casas de alvenaria, com luz e energia e estarão a apenas 15 minutos do município de Santo Antônio do Itambé, que antes ficava a 4 horas de caminhada de suas casas”, informa a gerente do Parque, Mariana Gontijo.
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As melhores condições que o IEF busca dar as pessoas e a natureza já estão sendo notadas. José Maria Ribeiro, por exemplo, está saindo de uma propriedade com 125 hectares para uma de 10 hectares e muito feliz. “Achei bom, tem lugar para lavoura, para pasto, fico mais perto da família e não preciso ir para Diamantina e Curvelo achar um “bico” para me manter” diz o guarda-parque, que vivia em uma área que não podia ser explorada economicamente.
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O Parque do Itambé foi criado pelo Decreto nº 39.398, de 21 de janeiro de 1998, possuindo originalmente uma área aproximada de 4.696 hectares, sendo alterada para mais de 6.520 hectares em 2006. Está localizado nos municípios de Santo Antônio do Itambé, Serro e Serra Azul de Minas. A unidade de conservação abriga nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce e o Pico do Itambé, um dos marcos referenciais do Estado com seus 2.002 metros de altitude. A vegetação predominante é de cerrado e campos rupestres de altitude, onde ocorrem espécies raras e endêmicas de orquídeas. Em relação à fauna, destacam-se a onça-parda e do lobo-guará, espécies ameaçadas de extinção.
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O esforço de regularização fundiária e os investimentos na infraestrutura acontecem em paralelo a outras ações que permitirão a abertura do parque ao público em 2010. Dessa forma, o meio ambiente ganha destaque e o desenvolvimento sustentável consegue ser aplicado da maneira correta. Depois de visitas técnicas para a identificação de trilhas ecológicas haverá também um curso de condutores para a comunidade. A formação desses guias turísticos vai possibilitar geração de emprego e renda na região e aumentará a conscientização sobre a preservação ambiental.
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Vale destacar que iniciativa não é isolada no estado. Minas Gerais foi considerada pelo Diagnóstico da Situação Financeira de Sistema de Unidades de Conservação, iniciativa da The Nature Conservantion (TNC) em parceria com a Conservação Internacional (CI), SOS Mata Atlântica e Fundo Brasileiro para Biodiversidade, como o estado com o maior índice de implantação, investimento e planejamento de unidades de conservação do Brasil.

segunda-feira, agosto 17, 2009

ENTREVISTAMOS A EX-MISS TORRES- RIO GRANDE DO SUL, A LINDA PRICILA MELLO. TEMA: ""MÃE, EU QUERO SER MISS. A VIDA DE UMA MISS".

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Pricila Mello, na noite do concurso que a tornou miss da cidade de Torres-RS.
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A ex miss Torres-RS, Pricila Mello, no Palácio da Governadora do Estado do Rio Grande do Sul.

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O Miss, de um modo geral, é um concurso de beleza que visa eleger, entre as representantes de cada unidade do município e, posteriormente, da federação, uma candidata que represente a beleza da mulher de cada país, a fim de que esta possa disputar o título de mulher mais bonita nos concursos internacionais. Nem todas as mulheres lindas desejam efetivar suas paticipações, evidentemente. Porém, “dentre as participantes”, é escolhida uma “representante”. Contudo, obsrvamos que o concurso é um evento isolado, onde o país, a federação ou o município será representado, de fato, pela beleza eleita que, de um modo geral, está representando seu povo.

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Desde 2006, existem dois grandes concursos nacionais, o Miss Mundo Brasil e o Miss Brasil Universo. Neste último, as concorrentes são nada mais que reperesentantes de cada Federação e, estas, por sua vez, foram representantes de seus municípios, que também concorreram ao título de miss municipal, junto de outras mulheres.

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Até 2005, havia apenas um concurso de grande porte para eleger a representante do país nos maiores concursos internacionais (Miss Universo, Miss Mundo e Miss Beleza Internacional). A partir de 2006, foi criada uma organização separada, que é responsável pela eleição da representante brasileira no Miss Mundo e vários outros concursos internacionais. A vencedora do Miss Brasil representa o Brasil no concurso Miss Universo. A segunda colocada participa do Miss Beleza Internacional.


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A ex miss Torres-RS, Pricila Mello, no Palácio da Governadora do Estado do Rio Grande do Sul.

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SAIBA COMO SE DÁ A CLASSIFICAÇÃO DE UMA MISS

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Até a semana do Miss Brasil, há uma série de procedimentos de seleção. O primeiro deles, em alguns Estados, consiste na seleção das candidatas municipais para os concursos estaduais (cujas datas ficam sob critério e responsabilidade exclusiva de seus franqueados e/ou diretores).
No entanto, em Estados onde não há concurso, a escolha da representante se dá através de uma espécie de portfólio que a direção local possui de modelos inscritas em anos anteriores para a disputa da indicação final.


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A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DOS CONCURSOS ESTADUAIS PARA O PROCESSO DE ELEIÇÃO DA MISS BRASIL.

Os concursos dos Estados e do Distrito Federal são concebidos como supereventos para receber atrações musicais de renome nacional ou local. Alguns deles, como o Miss São Paulo, Miss Rio de Janeiro e Miss Minas Gerais, por exemplo, são televisionados nacionalmente, por serem Estados do Sudeste, região politicamente mais forte do Brasil, em toda a história do país, levando em conta a maior cultura brasileira localizada em Minas Gerais, bem como a potência nacional reprsentada por São Paulo, seu Estado vizinho, além da importância histórica do Estado do Rio de Janeiro para o concurso em si que começou a ser realizado regularmente em 1954, na boate do Palácio Quitandinha, em Petrópolis, Rio de Janeiro.
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Já outros de porte médio, como o Miss Pará, Miss Santa Catarina, Miss Piauí e o Miss Pernambuco por exemplo, tem suas transmissões restritas aos respectivos Estados e são amplamente repercutidos pelas mídias locais e sites especializados nacionais.

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CONHEÇA A ROTINA DAS CANDIDATAS

.Um mês antes da final nacional, as candidatas começam a cumprir agendas de compromissos para a emissora geradora do evento (gravação de vinhetas, perfis individuais e fotos de divulgação). Depois, as misses encerram a preparação em seus Estados e em Brasília para receberem os trajes típicos da noite do concurso.

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Na semana do Miss, as candidatas fazem as fotos oficiais para os perfis de votação online, participam de ensaios e cumprem agenda de city tour na cidade-sede e, eventualmente, programação com autoridades. Em algumas edições, a Miss Universo do ano anterior é convidada de gala para o evento e cumpre agenda paralela de atividades beneficentes determinadas por cláusulas contratuais (caso de Zuleyka Rivera, convidada de 2007, que esteve em São Paulo e Rio de Janeiro).

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Sem preliminares de traje de banho ou traje de gala, a definição das semi-finalistas e finalistas do Miss Brasil fica toda concentrada na noite do concurso. Fora isso, a única competição prévia é a de melhor traje típico estadual. A vencedora, além das premiações da organização, cumpre uma agenda de mídia antes de retornar a seu Estado e cumprir sua preparação para o Miss Universo (evento realizado em data e sede móveis).




CONHEÇA O DIRETOR DESTA TRANSMISSÃO E SEUS “HOSTS” OU APRESENTADORES

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O mais conhecido diretor geral de televisão do concurso Miss Brasil é Homero Salles, que dirigiu de 1981 até 1987 pelo SBT. Após este período, o concurso se enfraqucceu completamente, perdendo as graças da mídia. Após su retorno em 2003, outros nomes como Marlene Mattos e Rodrigo Carelli executaram essa tarefa na Rede Bandeirantes.

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Dos "Hosts" ou apresentadores, nomes consagrados já passaram pelo posto de apresentador do Miss Brasil, entre eles Silvio Santos, que comandou o evento de 1981 a 1989, exceto em 1988, quando teve problemas nas cordas vocais e foi substituído por Murilo Nery. Em 1990, o SBT desistiu de realizar o evento e o Brasil ficou de fora do Miss Universo.
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A apresentadora, Nayla Micherif (Miss Brasil 1997), assumiu o posto no Miss Brasil 2002, realizado no Rio de Janeiro.









SAIBA QUAIS SÃO AS REGRAS PARA PARTICIPAR DE UM CONCURSO DE MISS NA SUA CIDADE E, QUEM SABE, PARTICIPAR DO MISS BRASIL OFICIAL:


Segundo o regulamento oficial desss concuros, é trminantemente proibida a participação de candidatas nas seguintes condições:
• com idade inferior a 18 ou superior a 25 anos;
• grávidas, casadas ou mães solteiras;
• que tenham participado de filmes eróticos ou ensaios de cunho sensual ou de nudez artística.

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No entanto, algumas lacunas no regulamento permitem que candidatas que não nasceram nos Estados pelos quais vão competir participem da disputa nacional. É o caso de Márcia Gabrielle (carioca, eleita Miss Brasil por Mato Grosso em 1985) e de Gislaine Rodrigues Ferreira (mineira, eleita Miss Brasil por Tocantins em 2003). Política? Evidentemente. Afinal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo, são os dois Estados brasileiros que “exportam” a maior beleza do mundo, representada, respectivamente, pelo Sudeste e Sul do país. Por este lado, poderá haver um interesse não explícito em vincular uma de suas representants em outro Estado, sempre que se fizer necssário.


Obrigatoriamente, a interessada em ser candidata a miss municipal ou estadual ao Miss Brasil deve ser nascida no próprio país. A vencedora só poderá participar do Miss Universo uma única vez, mas essa regra não impede que algumas ex-misses tentem outros títulos internacionais após o fim de seus reinados. Foi o que fez Adriana Alves de Oliveira (Miss Brasil em 1981 e Miss Brasil Mundo 1984).




CONHEÇA AS FINALISTAS DO MISS BRASIL OU VENCEDORAS QUE, APÓS SEUS REINADOS, PROCURARAM UMA CARREIRA SÓLIDA NA TELEVISÃO, CINEMA OU TEATRO

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• Natália Guimarães (vencedora, 2007, Minas Gerais e 2ª colocada no Miss Universo 2007).
• Grazielli Massafera (finalista, 2004, Paraná e Miss Brasil Internacional 2004).
• Marisa Fully Coelho (vencedora, 1983, Minas Gerais).
• Suzy Rêgo (finalista, 1984, Pernambuco).
• Vera Fischer (vencedora, 1969, Santa Catarina e semifinalista do Miss Universo 1969).
• Renata Fan (vencedora, 1999, Rio Grande do Sul e campeã do Miss Mundo Universitária 1999).
• Solange Frazão (finalista, 1982, São Paulo).
• Luize Altenhofen (finalista, 1998, Rio Grande do Sul e Miss Brasil Internacional 1998, mas não participou neste evento por problemas de saúde).
• Adriana Colin (finalista, 1989, São Paulo).
• Fabiane Niclotti (vencedora, 2004, Rio Grande do Sul).
• Angelita Feijó (1986, Fernando de Noronha - PE).













POR OUTRO LADO, HÁ VENCEDORAS DOS CONCURSOS DE MISS QUE DÃO ÊNFASE A CARREIRA DE MODELO, COMO É O CASO DA MISS TORRES- RIO GRANDE DO SUL, 2007/2008, PRISCILA MELLO.
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OUTRAS, NÃO EFETIVARAM SUAS PARTICIPAÇÕES EM NENHUM CONCURSO, PORÉM SE TORNAM MODELOS DE GRANDES AGÊNCIAS. ASSIM, VEREMOS ALGUNS NOMES AQUI.
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COMECEMOS POR ELA:
MORENA MAGÉRRIMA, ALTA E LINDÍSSIMA, A GAÚCHA PRICILA JÁ TINHA MEDIDAS DE MODELO! NO ENTANTO, ELA NOS CONTA COMO FOI SUA TRAJETÓRIA COMO MISS, BEM COMO SUA VIDA ATUALMENTE, COMO MODELO.

Nome completo: Pricila Ribeiro de Mello
Natural de: Sananduva -RS
Idade: 25 anos
Peso: 54 kg
Altura: 1,77
Nº de sapato: 37
Medidas: Quadril 90 cm, Cintura 57 cm e Busto 92cm


ALÉM DE ESBANJAR BELEZA E CULTURA, A MISS, ESTUDIOSA E BEM ESCLARECIDA, REVELA DICAS PRECISAS PARA AS FUTURAS CANDIDATAS; FALA DE ROTINA; BASTIDORES; VERDADES; MITOS; SONHOS; ILUSÕES E ANOREXIA. CONFIRAM:














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1. FABIANA RODOVALHO NEMET/FA.RO.NE: Pricila, primeiramente, quero parabenizá-la pelo seu trabalho e dizer que é uma honra entrevistá-la, afinal, desde a primeira vez que a vi com a faixa de miss na cidade de Torres, fiquei admirada, me tornando sua fã e, muito mais, pela sua simpatia, como esbanja o povo gaúcho, pelo qual tenho um apreço especial. Na realidade, você começou mesmo como modelo, participando do concurso Beleza Verão Rio Grande do Sul 2007. Antes disto, você já trilhava a carreira, enfim, já havia feito algum trabalho? Como se deu esse primeiro concurso em sua vida?

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MISS TORRES-RS 2007: Ganhar um concurso de miss sempre foi o sonho de muitas garotas e mulheres, mas com a ascensão do universo das passarelas, o sonho ficou mais distante. Mas os concursos persistem e conseguem arrebanhar interessadas.
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2. FA.RO.NE: No inverno do mesmo ano, você se tornou Miss Torres 2007. Como é ser uma miss?

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MISS TORRES-RS 2007: Há quem reclame de ter que acordar todo dia às 7h, para não se atrasar para o trabalho. Sem tempo de ler o jornal, tomar o café da manhã correndo (isso quando toma) e ainda pega o inevitável trânsito nosso de cada dia. É, mas antes de reclamar de mais um dia após o apocalíptico estrondo do seu despertador, devemos reparar na vida dura que levam as candidatas ao título de Miss.

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É cansativo, nos meses anteriores dos concursos são de muito trabalho, aprendendo sobre culturas, aulas de línguas, danças, aulas de postura e dicção, geralmente levantando quase sempre às 5h ou às 6h da manhã, dormindo uma média de quatro horas por noite, sei que o esforço valeu a pena. Mas estou sempre feliz e, às vezes, triste por estar desfrutando de muitos bons momentos no qual sei que logo terminarão.

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Sinto que com essa experiência do concurso volto uma mulher muito mais madura, e as viagens ainda me ajudam muito a conhecer novas pessoas. Já imaginava que seria pesado, porque tive a oportunidade de praticar com algumas ex-misses que agora se dedicam a trabalhar com modelos. Quem nos vê desfilando em dias de concurso, lindas e sorridentes, não imagina a rotina puxada que está por trás de tudo. Mas podem ter certeza: trabalho duro ou não, estamos felizes por estar ali.

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3. FA.RO.NE: Desde 1954, quais foram as mudanças efetivas no concurso de miss e o que perdura como tradição, em relação às exigências contratuais?
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MISS TORRES-RS 2007: O que andava esquecido ganhou espaço novamente na mídia, principalmente depois da participação da Miss Brasil Josiane Oliveira no Big Brother Brasil 3 e da destituição da sua faixa. Josiane não respeitou uma das regras - a candidata deve ser solteira e ela era casada - fato que foi descoberto no BBB e que fez ela perder o honroso título de mulher mais bela do país. Os concursos de miss nunca pararam, mas foi a mídia que não teve mais interesse por esse tipo de concurso, mas houve uma retomada no ano de 2007. Os concursos despertam nas meninas todo o glamour em ser miss. Mas para isso existem algumas regras.

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Para participar do concurso, por exemplo, é necessário ter postura, personalidade, charme e beleza de formas e rosto. As exigências vão além. Durante passeios e ensaios, a candidata deve estar sempre alinhada, com maquiagem leve, cabelos arrumados e ter bom comportamento, por isso muitas pessoas saíram dos concursos de miss para a passarela. É claro que existe uma diferença entre um concurso de miss e um de moda, mas todos são válidos e quem participa ganha experiência e a oportunidade de iniciar uma carreira, hoje o mercado não exige apenas mulheres magérrimas, também sempre existiu trabalho. No momento em que você participa de um evento, as chances de análise são maiores. Apesar da decadência do concurso de miss, acredito que ele poderá voltar a ser um evento de grande porte.
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4. FA.RO.NE: Após o título concebido, qual a agenda que uma miss municipal tem a cumprir, de acordo com as cláusulas contratuais? O cachê é sastifatório?
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MISS TORRES-RS 2007: Miss Mundo é o pioneiro. Criado pelo multimilionário britânico Eric Mosley em 1951, o evento começou como um festival de biquíni, novidade na época. No final da década de 50, a competição passou a ser transmitida pela BBC, fez sucesso e ganhou fama mundial. O Concurso Miss Universo surgiu um ano depois, no longínquo 1952, na Califórnia. A empresa Pacific Mills criou um concurso para divulgar sua nova coleção de trajes de banho. Megalomaníaca, deu o nome de "Miss Universo" para a competição. Em 1996, o evento foi comprado pelo multimilionário Donald Trump, e passou a ser transmitido ao vivo pelas grandes redes norte-americanas de TV. Sua fama tornou-se universal.

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O Miss Universo reúne por volta de 80 países, contra os mais de 100 competidores do Miss Mundo. Por quê? A explicação é que a Miss Universe Organization cobra uma taxa de licenciamento dos países interessados na competição. Se não pagar, não participa. Na América Latina, o Miss Universo é mais valorizado, tanto que é para lá que vai a vencedora do Miss Brasil. A segunda colocada no concurso brasileiro qualifica-se para o Miss Mundo, evento que tem maior prestígio na Europa e Ásia. O Brasil teve representantes vencedoras nas duas competições. Lúcia Tavares Petterle faturou o Miss Mundo em 1971.

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No Miss Universo, a coroa da beleza ficou com Ieda Maria Vargas (1963) e Martha Vasconcellos (1968). Mas não são as únicas competições globais de beleza. Há ainda o Miss Beleza Internacional e o Miss Terra. Mas isso é uma outra história. Isso depende de cada pessoa, das oportunidades. Pelo menos quando eu ganhei o Miss Torres falei: eu quero fazer diferente, eu quero levantar o nome da minha cidade, junto com o meu nome, quero que seja uma coisa diferente. Viajar para lugares lindos, ganhar prêmios, dar entrevistas a renomados jornalistas, nem sempre o cachê é satisfatório em termos de dinheiro, mas o bom é que sempre ganhamos muitos presentes e mimos das lojas que patrocinam o evento, ganhamos flores, sapatos, roupas, viagens, jóias entre muitas outras coisas.

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Entretanto, nem tudo na vida de miss é tão aprazível assim: geralmente é em torno de 60 a 80 candidatas ao posto de Miss Rio Grande do Sul 2008, no qual eu participei, com duração de mais ou menos 6 dias de preparação antes da final, com dores e bolhas nos pés por causa do salto alto, passamos por dois cansativos ensaios de três horas cada, sendo que o último terminou 13 horas antes do início do concurso verdadeiro. Interessante é que as meninas participem de um concurso de miss, ainda mais se elas tiverem interesse pelo mundo das modelos. Só acho que é preciso ter cuidado, verificar a procedência do organizador e o que irá ganhar com isso futuramente.

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5. FA.RO.NE: Em razão dos seus trabalhos, você teve que mudar de cidade? No decorrer da carreira, teve total apoio de sua família?

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MISS TORRES-RS 2007: Não precisei mudar de cidade, pois morava na cidade onde foi o concurso de Miss Torres, onde também fui convidada a participar do concurso de Beleza Verão RS representando o município, a maioria dos trabalhos que realizava ou eram na própria cidade ou nas cidades vizinhas, alguns em Porto Alegre no qual eu ia com o apoio da prefeitura ou de carro. Sempre tive apoio da familia, apesar de sempre me alertarem dos perigos e armadilhas do mundo de glamour, é muito importante ter este apoio dos familiares, até para ajudar em alguns trabalhos, em decisões e para ter disciplina também.

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6. FA.RO.NE:
ganhar o título, o que mudou em sua vida? Qual o maior Glamour que pode viver como miss?
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MISS TORRES-RS 2007: Os concursos de miss seguem uma tendência de participantes tipo garota nacional, com formas e medidas. Já os concursos de moda preferem as altas e magras. Para o concurso de Miss RS eu me preparei todos os dias rigorosamente, com alimentação, exercícios físicos, aulas de dança e teatro para a prova de talento, aulas de dicção e linguagem corporal, treinos de postura, passarela e fotogenia.

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A preparação para um concurso de miss não é somente estar em dia com o corpo e pronta para pisar na passarela, este trabalho conta com aulas de passarela e etiqueta, cursos de inglês, expressão corporal, academia etc. Um fator importante é a busca por patrocinadores para que seja possível cobrir despesas tais como: taxas de inscrição, transporte, hospedagem, vestidos e tantos outros detalhes. Tenho guardada em minha memória alguns fatos e situações difíceis nas quais passei; lembro-me quando minha mãe e eu saímos de casa a pé rumo à rodoviária, sozinhas ás 5 da madrugada, andando por umas trintas quadras, para conseguir pegar o ônibus para POA e procurar apetrechos para meu traje da prova de talento.

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Meus pais sempre estiveram ao meu lado em todos os momentos, batalhando patrocínios e me levando para cumprir as etapas eliminatórias do concurso. Pelo fato de ter vivido tais experiências, estes fatos me deram mais força para batalhar pelo o que eu quero. Costumo dizer que foi um título meu, de minha família, meus patrocinadores e de todos aqueles que me apoiaram, pois sem eles este sonho não teria sido possível. A felicidade era inexplicável, mas a responsabilidade de representar a cultura da minha cidade e a beleza da mulher gaúcha era grande.

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No concurso do Miss RS me classifiquei em décimo sétimo lugar dentre as 65 candidatas. Nem por isso fiquei triste, a experiência e a possibilidade de viver todos aqueles momentos, foram um presente de Deus. Depois deste maravilhoso concurso, resolvi encerrar minha participação em concursos de beleza e voltar a focar em minha universidade, mas os bons ventos me guiaram para caminhos diferentes. O Caminho da moda, como estilista e modelo.
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7. FA.RO.NE: E após o reinado de miss, o que mudou? As portas acabam se abrindo, em razão do título? Quais os prós e contras?

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MISS TORRES-RS 2007: Muita coisa mudou desde então, após o concurso conheci muitas pessoas influentes, entre fotógrafos, estilistas, patrocinadores e organizadores de concursos e desfiles, e eles sempre dão uma ajuda enorme para quem está começando, e quer seguir carreira de modelo, abriu-se muitas portas sim após o Título de Miss Torres, sempre tenho convites para desfiles de griffes, festas e eventos culturais. Mas quando você entra pra valer em algum concurso, tem que ter consciência que pode acontecer algo de errado, alguém que queira se aproveitar ou que aconteça algo inesperado. E é claro que todo concurso apenas uma pessoa vence, temos que entender que nem sempre há vitórias, mas o que vale é participar.

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8. FA.RO.NE: Quais os tipos de trabalhos que se sucederam? Todos eles são aceitáveis? Qual o momento mais difícil que você enfrentou?
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MISS TORRES-RS 2007: Recebi muitos convites para desfiles de lojas de roupas, de jóias, sapatos, roupas de praia, comerciais de tv, catálogos de lojas, ensaios fotográficos e até o momento todos foram aceitáveis sim, nunca tive problemas. Acho que não tive momento dificil, mas também nem tudo é fácil, tem que ter estudo, disciplina e desenvoltura para este trabalho.

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9. FA.RO.NE: Você faz parte de alguma agência de modelo ou tem um empresário/agente que cuida de sua carreira?

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MISS TORRES-RS 2007: Tenho contrato com duas agências, uma de Porto Alegre e uma de Torres, também tenho empresário sim, ele me ajuda muito, sempre dá opiniões e diz qual o melhor trabalho a ser feito e para quem. As agências também dão uma ótima força pra quem está começando, pois elas tem muitos contatos, fazem seleção de modelos para os trabalhos, escolhem o melhor perfil para os eventos e desfiles.

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10. FA.RO.NE: Você tem algum sonho profissional na carreira de modelo que ainda almeja realizar?

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MISS TORRES-RS 2007: Provavelmente é o sonho de qualquer guria, o de ser uma Top Model, mas sabemos que é uma carreira curta, e que tem que ser aproveitada ao máximo, eu quero fazer muitos desfiles pelo Brasil, conhecer novas pessoas e culturas.

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11. FA.RO.NE: Entrando no mérito de uma questão polêmica que tem preocupado a milhares de famílias em todo o mundo, sabemos que o modelo que, normalmente, consegue ter carreira sólida, não se torna magro para ser modelo_ como muitas pessoas cogitam_ mas se torna modelo justamente por ser geneticamente magro! O que você pensa em relação aos adolescentes (tanto meninos como meninas) que confundem essa realidade, distorcendo-a, a fim de criar o paradigma “ditadura da magreza” como uma pseudo-realidade em suas vidas?

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MISS TORRES-RS 2007: Esse é um assunto que muitos modelos acham chato! Meu comentário resume a reação dos estilistas à discussão polêmica sobre modelos que têm a aparência magra e desnutrida, sobre um ideal de beleza que, para alguns, encoraja as adolescentes a desenvolverem distúrbios alimentares. Para agravar o problema, a discussão gira em torno de doença e fraqueza, num meio que adora o poder e a autoconfiança. Comportamento que adolescentes ainda não tem controle. Vale notar que a irritação é compreensível. Estilistas querem divulgar seus desfiles, repleto de mini-vestidos e casacos elegantes, fruto de meses de trabalho árduo, e não falar de desordens alimentares.

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Observo também que muitas das garotas nos desfiles são meninas de 14 anos que são magras porque ainda não chegaram à puberdade. Então, os estilistas vestem nas para fazê-las parecer que são moças de 19 anos, que ficarão belas em roupas que serão vendidas a mulheres de 40. Seria simplista dizer que esse ideal de beleza de mulher-criança é o fator principal por trás das desordens alimentares. Mas negar que exista algum vínculo entre as duas coisas também parece covardia.

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Quando eu era adolescente, duas de minhas amigas íntimas tiverem anorexia. Para ambas, a doença começou quando fizeram dieta para "ficar mais bonitas". Elas insistiam que estavam comendo normalmente, apesar de seus braços começarem a parecer palitos, apenas quando foram internadas e medicadas é que melhoraram e voltaram à normalidade.

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12. FA.RO.NE: De certo modo, essa tentativa desesperadora por “condição” de vida imposta por alguns meninos e meninas, acaba por difamar as pessoas que possuem de fato esse biotipo, como se estas fossem culpadas por terem uma genética privilegiada. Por conta do meu biotipo, eu mesma já ouvi ofensas gratuitas de pessoas que pensam que somos à favor dos que distorcem suas próprias realidades, a fim de serem magras à qualquer custo (muito embora esse esforço não perdure) levando até à morte, diariamente em todo o mundo, como inúmeros casos conhecidos. Como você lida ou lidaria com os olhares ofensivos e pensamento equivocados dessas pessoas? Num mundo de beleza “pseudo padronizada”, o que fazer para concientizá-las a aceitarem seu próprio biotipo à favor da vida, já que genética é imutável?

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MISS TORRES-RS 2007: Em minha opinião, o padrão de magreza cai bem em uma passarela, porque qualquer look cai bem, mas isto está mudando. Eu acho que não tem diferença. Assim, é claro que a modelo tem aquele perfil que tem que ser bem mais fashion, bem magrela. O corpo dela não pode aparecer em um desfile, tem que ser o cabide da roupa mesmo. Hoje grandes estilistas estão se adequando mais aos diversos tipos de corpos. Este foi o tema do programa GNT Fashion em que Lilian Pacce entrevista o grande estilista, John Galliano, o programa constata que o preconceito contra os gordinhos não existe apenas na vida das passarelas, e mostra que o mundo da moda começa a ditar uma resposta mais direta sobre a ditadura da magreza.

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Em sua marca, John Galliano, declarou que a coleção verão é para todos. Eu mesma já fui vitima da minha própria genética, sou magra por natureza, mas já tive épocas que trabalhava muito e mal dava tempo de ter uma refeição saudável, e emagrecia muito rápido, então muita gente achava que eu estava doente, mas sempre me cuidei muito principalmente com a minha saúde, houve um tempo na escola que ouvia muitas palavras de ofensas, mas sempre levei na boa, pensava assim: se é meu biótipo, porque tenho que mudar por causa dos outros? Minha vida depende de mim mesmo, não preciso ser como os outros querem, se sou magra, alta e bonita, vou aproveitar isso ao meu favor! Comecei a jogar basquete, futebol e ginástica, ai me desenvolvi muito, mas é claro que continuo magra, ma não esquelética (risos), é isso que as pessoas têm que fazer tirar proveito de si mesmo, para fazer o bem, já que certas coisas não se mudam, apenas se desenvolvem.

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13. FA.RO.NE: Penso que por estas ou outras situações, nenhum estilista fica obrigado à fazer roupas para biotipos que ele não queira, do mesmo modo que como especialista empresarial, eu jamais advogaria para determinadas áreas do Direito, bem como um compositor não migrará para um estilo de música que não lhe agrada, embora agrade à outros. Contudo, concluímos que não existe ditadura nenhuma! As pessoas incompreensíveis que querem mudar a natureza de coisas imutáveis e, o pior, sua própria natureza, a fim de se enquadrarem em algo que não é para todos_ assim como o perfil de um segurança, com exigências acima de uma determinada altura e peso, o que é muito natural. Ainda, nesse sentido, que conselho você deixaria aos adolescentes que estão tentando essa carreira de modelo, de um modo geral? Como acabar com essa polêmica equivocada de muitos adolescentes no mundo fashion?

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MISS TORRES-RS 2007: Os aspirantes a carreira de modelo e manequim devem estar sempre informados sobre o mercado Fashion, mas tem uma observação: o modelo "Fashion" ou de passarela, tem como ponto forte a altura e peso, ou seja, independe de etnia ou beleza. Estes profissionais atuam na área de passarela internacional e editoriais de Moda. Devido às mudanças ocorridas no mercado artístico, hoje os modelos não limitam seu trabalho na passarela e editoriais em revistas.

O Mercado para o modelo comercial vem crescendo a cada dia e mostrando que nem tudo é altura e peso, o que conta mesmo é a fotogenia e o carisma destes profissionais. Os Modelos e aspirantes a área de atuação, trabalham na área de publicidade, propagandas e TV.

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>Ter conhecimento em atuação (Teatro ou TV).

>Ter disciplina sempre, está é uma regra básica para alcançar o sucesso!

>Procurar uma Agência séria, que tenha referências e documentações em dia.
>Ter um material fotográfico direcionado e impecável (Ele é o seu cartão de visita).
>Procurar se profissionalizar na sua área (Moda, TV, Publicidade) através do encaminhamento do DRT.
>Cumprir com horários, chegando sempre de 10 à 15 minutos antes do teste/trabalho.
>Nunca entrar em assuntos pessoais com o contratante, dúvidas são tiradas com a agência e não com clientes.
>Sempre a Vestimenta/maquiagem adequada para determinado teste/seleção.
>Não passar telefones pessoais para clientes.
>Cuidados necessários com os cabelos, dentes, pele e unhas (Pois são instrumentos de trabalho).
>Levar acompanhantes em testes ou trabalhos.
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14. FA.RO.NE: E que conselho você deixaria à mulher que almeja ser miss?

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MISS TORRES-RS 2007: A miss tem que se mostrar. Minha mãe sempre falava: Pricila vai tentar ser miss que aí você não vai mais precisar passar fome. Mas eu tinha medo de sofrer preconceito da minha agência. Eu pensava que eles poderiam achar brega. Mesmo assim, fui. Aprendi que pessoas gostam de pessoas que gostam de si mesmas, que se cuidam.

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Então, pra começar, tem que fazer exercícios regularmente, estudar sobre as culturas da sua cidade e estado, estudar línguas, fazer dança é um ótimo exercício para desenvolver uma boa postura, ter disciplina e educação, pois em um concurso haverá muitas meninas disputando apenas um lugar, aprender a trabalhar em equipe, onde há muitas fofocas e intrigas tem que saber relevar tudo isso, manter contatos com organizadores de desfiles e concursos, estar sempre atenta a eventos.

15. FA.RO.NE: Pricila, agradeço-lhe mais uma vez pela entrevista, e parabenizando-a pela enorme beleza e simpatia! Lhe desejo muita sorte na carreira e muito sucesso, a fim de que possamos nos encontrar muito ainda!!! Deixe seus contatos para eventuais trabalhos.
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MISS TORRES-RS 2007: Eu agradeço pela oportunidade de expor alguns pontos muito importantes sobre esse mundo que pouca gente entende. Espero ter esclarecido algumas dúvidas, sei que muitos adolescentes e familiares tem.

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Meus contatos:
E-mail prymmello@hotmail.com
Telefone: (54) 9123-7193


















































































































































































































































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