terça-feira, janeiro 20, 2009

Criação na fábrica da GJ e os motivos para "criar um blog" por tempo determinado... Compulsão pela escrita..Comunicação institucional.

Empreender é, antes de mais nada, "trabalhar como ninguém" no sentido literal. É fomentar aquilo que está ao nosso alcance. É criar ou inovar algo que já existe, sempre com valor para a sociedade.

Fábrica e Showroom Guarará Jardins
Brás, São Paulo
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Bem vindos ao meu blog de comunicação institucional para o terceiro setor!. 

Amigos, criei esta coleção de shorts brincando, bem como as texturas e os tons, enquanto a nossa modelista trabalhava em cima das coleções das empresas clientes da fábrica. Foi a primeira e a última vez. Não gosto desse negócio. Gosto dos negócios!
E não é que a fábrica vendeu mais de duas mil peças para o final de ano?


Saia e short´s: Coleção Outono/Inverno fabricação Guarará Jardins
Fotos e apoio: o grande Lanvolkèe

















Não fosse tudo em nome do empreendedorismo, direcionaria este trabalho à algo mais próximo as minhas paixões pessoais: Miuccia Prada, John Galliano, Karl Lagerf, Giorgio Armani, Jean Paul Gaultier, Givenchy e as criações singulares de Ricardo Tisci, Alessandra Facchinetti com os mesmos méritos na Valentino e, no grande mestre, TOMMY HILFIGER- o "indumentário dos criadores de moda" mais popularizada nos EUA, do qual sou grande fã.
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Mas, ao pensar na execução de um trabalho mais intelectual, me remeto aos anos que passei na faculdade de Direito, o que me sobreveio como herança do meu querido avô materno ao longo de sua vida jurídica e política... O defino como sendo uma figura batalhadora e exemplar que guardo com carinho especial, nada mais que isto. No entanto, apaixonada pelas ciências jurídicas e, sobretudo, pela escrita, penso que não conseguiria abarcar todos os pontos do assunto “moda”_ já que, desde a infância, "me consideram" uma autodidata em consultoria de moda. Pode até ser... mas eu jamais me inclinaria para este lado profissional. Não gosto, definitivamente! Empreendedorismo sim, seja fabricando vestimentas; alimentos processados; livros; ideias. Pouco importa! Empreender é, antes de mais nada, "trabalhar como ninguém" no sentido literal. É fomentar aquilo que está ao nosso alcance. É criar ou inovar algo que já existe, sempre com valor para a sociedade. 
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Quanto a moda... desculpe-me a pretensão, mas isso é apenas amor... amor propriamente dito e NADA MAIS. Para tanto, quando minha irmã e eu frequentamos a Universidade de artes (que nada tem a ver com moda, mas só para exemplificar), no decorrer de um ano, eu soube que, naquele momento, o meu lugar estava na Universidade de Direito, pois esta sim abriria um enorme campo para os meus anseios. Aos 12 anos de idade, dentre meus livros de cabeceira, estava Maquiavel- O Príncipe, além dos Exploradores de Caverna, o qual reli no primeiro ano da academia de Direito, em 2001. Minha mãe insistira nisto durante toda a minha adolescência. Ironia do destino. Ela sempre soube mais do que eu. 

Minha segunda paixão profissional diz respeito ao jornalismo e a antropologia: coisas distintas, porém, ao meu ver, há um verdadeiro elo entre os temas. 


No Direito, dei continuidade a honrosa carreira do meu avô materno, a advocacia, mas com outro intento: escrever enquanto me restasse fôlego de vida; pesquisar, ensinar... enfim, fazer jus a garantia do exercício de um poder, destacando a reciprocidade jurídica e a sociabilidade como um todo... Sempre quis certificar-me sobre os problemas fundamentais da filosofia política_ hahaha, até agora não os compreendo com clareza_ , oferecer o Direito propriamente dito como garantia ao exercício desta profissão institucionalizada, uma vez que, neste universo jurídico, tenho as garantias necessárias para expressar minha opinião, cerceando o Direito à livre expressão. Daí, um pouco de jornalismo no sangue de todo advogado!
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Quanto ao exercer da minha profissão, penso que, assim como a satisfação quanto ao objeto da lide, em palavras, ela não depende da realização máxima da justiça no sentido abstrato, mas de um dinamismo ao buscar tal aparato, isto é, “do equilíbrio dinâmico e intencional entre o ideal de justiça e as exigências concretas do sistema que torna possível buscar a justiça”. Entender isto é crucial. Confesso que estou buscando compreensão. Para ser mais preciso, eu gostaria de poder buscar o verdadeiro ideal de justiça. Gostaria de abrir a porta da sala de audiência e encontra-lo intacto. Eu só queria depender da realização máxima da justiça, mas certa de que isto, de fato, existia. 

Antropologia? Sim. Em sua plenitude! Antropologia cultural, social, jurídica, filosófica, legal, evolucionista, visual, urbana, física e antropologia da educação... acima de tudo, o estudo do ser humano sobre diversas correntes de pensamento. Ademais, além do processo evolutivo do homem no espaço e no tempo, ela me faz compreender, exponencialmente, o comportamento humano, a sua conduta social, a sua relação com a natureza, as mudanças comportamentais que, diga-se de passagem, sempre foi um “grilo gritando a mil por ora” em minha mente, diante de determinada postura de alguém, adversa à sociedade, é claro.
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Enquanto isto, em um determinado lugar, alguém mais espirituoso sempre perguntava: “ei, você está aqui na terra?” Naquele instante, me passava um filme a cabeça. Quase uma altista, eu diria. Logo, conhecendo a “lei” daquele local, eu queria conseguir entender a cultura que estava diante de mim mas, para tal, teria necessariamente que adentrar o universo psíquico daquela pessoa_ além de conhecer seus costumes e rituais; sua linguagem; mitos; valores e crenças; relações familiares e ascendência, enfim, sua vida e sua história, consecutivamente. Pude vivenciar isto, por um período de 02 anos, diante de uma cultura diferente. Não foi fácil, mas curioso. Contudo, me envolvo direta e indiretamente com antropologia, tentando estudar profundamente o ser humano, pelos fatos sobreditos. Ironicamente, são questões práticas que me induzem a uma busca constante pela teoria.
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Amor ao jornalismo? Não. Uma dependência pela escrita! Sendo assim, esse espaço só poderia ser para nós, "neuróticos pela escrita". Opto, então, pela comunicação institucional para instituições sem fins lucrativos, como sendo objeto do blog; algo que possa auxiliar aos lugares que ajudamos filantropicamente já há algum tempo.

Agora, teremos um encontro por tempo determinado (sim, determinado, somente enquanto estivermos com a fábrica do Brás). 

É que, Depois, terei um encontro com as ciências exatas.

...e meus amigos não duvidam!


5 comentários:

  1. Maravilhosa essa coleção, pena que vocês selam só para fora do país. Para terminar meus comentários, deixo um beijo grande a você e muito sucesso em tudo! Parabéns por se dedicar também às obras filantrópicas. Ainda é o começo de tudo!

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  3. é verdade mesmo, esse primeiro short douradinho com essa blusinha da zoomp e essa bolsa Louis Vuitton a gente não quer mais nada! Mas gosto mtt tb do cinza que tá com a bolsa Dior. Combina com todo tipo d blusa. vc tem mtt bom gosto fabi. beijos no coração! Maiara (Vila Mariana)

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  4. Ei Fabi eu não podia deixar de comentar aqui tb, ein.. Arrasou como sempre neste texto de boas vindas que é a sua cara, o seu jeito autêntico de ser, belo e encantador como tu és. Estamos te esperando no portal Gosto de ler, ein.. Sentimos sua falta e tu és mesmo do portal da cultura, olha só para o conetúdo.. não tem como tu fugir. Ti adoro guria.

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